Existem diversos tipos de exclusão social.
Alfredo Bruto da Costa* identificou cinco ordens de exclusão social: económica, social, cultural, patológica, e comportamentos auto-destrutivos.
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Exclusão Social de ordem económica: este tipo de exclusão social é caracterizado pelas más condições de vida, com baixos níveis de instrução e qualificação profissional, e pelo emprego precário [ou desemprego]. Trata-se da pobreza.
Exclusão Social de ordem social: exclusão ao nível dos laços sociais. Privação de relacionamento, caracterizada pelo isolamento. Pode-se dar como exemplos, os idosos e pessoas com deficiências motoras e/ou psicológicas. Este tipo de exclusão pode ser consequência de modos de vida familiar e nada tem a ver com a pobreza, a menos que esteja também vinculada ao aspecto económico.
Exclusão Social de ordem cultural: este tipo de exclusão está relacionado com factores culturais, em fenómenos como o racismo, a xenofobia, dificuldade de integração social de minorias étnicas.
Exclusão social de ordem patológica: Situações de origem patológica do indivíduo, de natureza psicológica ou mental, podendo, neste caso, ser causa de ruptura familiar. Exemplo: doentes psiquiátricos.
Exclusão Social por comportamentos auto-destrutivos: Está relacionada com os grupos de indivíduos que por uma ou outra razão se colocaram numa situação prejudicial para eles. Comportamentos relacionados com o alcoolismo, a prostituição, a droga, entre outros, o que gera a exclusão desses indivíduos. Geralmente tem origem na pobreza.
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*Alfredo Bruto da Costa é autor de “Exclusões Sociais” e coordenador de “Um Olhar sobre a Pobreza”, e tem larga experiência de estudo e investigação no domínio da pobreza, tema do seu doutoramento na Universidade de Bath (Reino Unido) com tese intitulada "The Paradox of Poverty - Portugal 1980-1989”. Foi Membro do Comité Europeu de Direitos Sociais, do Conselho da Europa.
3 Comments:
eu penso que o problema da pobreza, no nosso país, é o mais grave, e fonte de grande parte dos outros.
Em relação aos outros alguma coisa se tem feito.
A pobreza, ao contrário, só se tem agravado; e não é por falta de recursos, é pelo crescimento da desigualdade.
Os que têm dinheiro é porque o querem ter e trabalham para a desigualdade, para maximizarem o seu dinheiro; os que são generosos trabalham para a igualdade; raramente são ricos, pouco podem fazer para contrariar a desigualdade. É por isso que a pobreza é cada vez pior apesar de vivermos numa época de abundância sem paralelo. Excesso de cupidez.
Concordo, Alf.
Vivemos numa miséria de mundo...
em que os ricos mandam e desmandam a seu bel-prazer,
sem nunca serem saciados...
quando a verdadeira riqueza não está no dinheiro nem no poder.
Bastaria que os ricos fossem menos ricos para que os pobres fossem menos pobres.
Será que custa assim tanto ver que a solução passa por aí?
O que os ricos têm demais não é deles: foi roubado aos pobres.
Alf,
permite que te roube estas palavras do teu comentário no teu post http://outramargem-alf.blogspot.com/2011/08/o-jogo.html:
"2 maneiras de as pessoas lutarem contra o crescimento da desigualdade:
1- Nunca comprar a crédito bens de consumo (carros, roupa, férias, etc); o decréscimo destas vendas criaria uma crise cuja única saída seria aumentar os ordenados para aumentar o consumo
2-Não aceitar trabalho mal pago."
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