Em Portugal, segundo o Relatório conjunto de 2008 sobre Protecção e Inclusão Social divulgado em Bruxelas, a população mais idosa (e especialmente do sexo feminino), as mulheres e as crianças são as mais atingidas pela pobreza.
● Os idosos com mais de 65 anos registam as taxas de pobreza relativa mais elevadas – 28 por cento.
É no grupo dos idosos que as pensões e subsídios mais contam. Sem eles, 82 por cento dos residentes com 65 ou mais anos estaria em risco de pobreza.
Os rendimentos de pensões de reforma e sobrevivência permitiram diminuir em 15 por cento os indivíduos em risco de pobreza.
● As crianças portuguesas têm o pior nível de desqualificação da EU – 68 por cento das crianças portuguesas vivem com os pais, com o ensino secundário incompleto.
“Não é um retrato abonatório para Portugal aquele que se encontra descrito num relatório da Comissão Europeia sobre pobreza infantil (…). Elaborado com base em dados de 2005 (que é ainda o ano limite para a maior parte dos estudos europeus), o relatório coloca Portugal não só entre os oito países da União Europeia com níveis mais elevados de pobreza entre as crianças, como o confirma entre aqueles com mais probabilidades de se manter nesta posição.
Em 2005, 24 por cento das crianças (contra 19 de média na UE) encontravam-se expostas, em Portugal, ao risco de pobreza (no ano anterior essa percentagem era de 23 por cento). Como a Roménia e a Bulgária não foram incluídas neste estudo, em situação pior do que Portugal figuravam apenas a Polónia (29 por cento) e a Lituânia (27). Seguiam-se-lhes, em situação de empate, Portugal, Espanha e Itália.” (Jornal Público, 25 de Fevereiro de 2008)
São as crianças que mais morrem à fome no mundo, de entre um número total de pessoas estimado entre 13 milhões e 18 milhões a cada ano.
● As pessoas que estão mais perto do limiar da pobreza em Portugal são, assim, os idosos que vivem sozinhos e as famílias constituídas por dois adultos com três ou mais filhos. Mas depois, há os desempregados de longa duração cujas dificuldades de reinserção no mercado de trabalho se devem, total ou parcialmente, a qualificações baixas ou à sua falta.
O desemprego aumentou contribuindo para agravar os problemas de cerca de 20% da população portuguesa, tal se ficando a dever, em muitos casos, à falência de empresas e termo de contratos.
● Para além destes e de outras categorias sociais desfavorecidas, conhecidas como tal – entre elas os deficientes, sem-abrigo, toxicodependentes – temos agora, também, uma miséria social que atinge os que trabalham. Em Portugal, cerca de 32% da população activa está em risco de pobreza. Há cerca de 100 mil famílias em situação de grande dificuldade financeira, ou seja, pessoas que enfrentam sérios problemas para pagar a prestação bancária relativa à compra de casa ou empréstimos contraídos para consumo. São os novos pobres, pessoas com emprego mas cujo salário não chega para as necessidades. A presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, garante que há hoje mais pessoas a pedir ajuda alimentar do que em anos anteriores. E sabe-se que entre os que pedem ajuda alimentar se encontram pessoas com cursos superiores.
Esta é a nova pobreza. Um fenómeno que se apresenta afectando principalmente a classe média que trabalha por conta de outrem ou que possui pequenos negócios. É neste meio que encontramos a pobreza envergonhada. Temos uma classe média a tender para o desaparecimento. Pode-se dizer que Portugal a está a matar, quando a sobrecarrega de impostos e quando se desqualificam os trabalhadores manuais e se sobrevalorizam os títulos académicos.
A pobreza combate-se pela valorização da pessoa humana. Este combate passa por termos uma classe média forte e esclarecida. Só privilegiando a classe média em detrimento da criação de elites se poderá chegar a algum lado. Porque só a classe média, as médias empresas… é que estão próximas das pessoas, tem sensibilidade e capacidade de resposta. E é a classe média que paga impostos…
No entanto, é esta classe média, que caminha a passos largos para a pobreza e que paga a factura de sucessivas políticas erráticas.
● Os idosos com mais de 65 anos registam as taxas de pobreza relativa mais elevadas – 28 por cento.
É no grupo dos idosos que as pensões e subsídios mais contam. Sem eles, 82 por cento dos residentes com 65 ou mais anos estaria em risco de pobreza.
Os rendimentos de pensões de reforma e sobrevivência permitiram diminuir em 15 por cento os indivíduos em risco de pobreza.
● As crianças portuguesas têm o pior nível de desqualificação da EU – 68 por cento das crianças portuguesas vivem com os pais, com o ensino secundário incompleto.
“Não é um retrato abonatório para Portugal aquele que se encontra descrito num relatório da Comissão Europeia sobre pobreza infantil (…). Elaborado com base em dados de 2005 (que é ainda o ano limite para a maior parte dos estudos europeus), o relatório coloca Portugal não só entre os oito países da União Europeia com níveis mais elevados de pobreza entre as crianças, como o confirma entre aqueles com mais probabilidades de se manter nesta posição.
Em 2005, 24 por cento das crianças (contra 19 de média na UE) encontravam-se expostas, em Portugal, ao risco de pobreza (no ano anterior essa percentagem era de 23 por cento). Como a Roménia e a Bulgária não foram incluídas neste estudo, em situação pior do que Portugal figuravam apenas a Polónia (29 por cento) e a Lituânia (27). Seguiam-se-lhes, em situação de empate, Portugal, Espanha e Itália.” (Jornal Público, 25 de Fevereiro de 2008)
São as crianças que mais morrem à fome no mundo, de entre um número total de pessoas estimado entre 13 milhões e 18 milhões a cada ano.
● As pessoas que estão mais perto do limiar da pobreza em Portugal são, assim, os idosos que vivem sozinhos e as famílias constituídas por dois adultos com três ou mais filhos. Mas depois, há os desempregados de longa duração cujas dificuldades de reinserção no mercado de trabalho se devem, total ou parcialmente, a qualificações baixas ou à sua falta.
O desemprego aumentou contribuindo para agravar os problemas de cerca de 20% da população portuguesa, tal se ficando a dever, em muitos casos, à falência de empresas e termo de contratos.
● Para além destes e de outras categorias sociais desfavorecidas, conhecidas como tal – entre elas os deficientes, sem-abrigo, toxicodependentes – temos agora, também, uma miséria social que atinge os que trabalham. Em Portugal, cerca de 32% da população activa está em risco de pobreza. Há cerca de 100 mil famílias em situação de grande dificuldade financeira, ou seja, pessoas que enfrentam sérios problemas para pagar a prestação bancária relativa à compra de casa ou empréstimos contraídos para consumo. São os novos pobres, pessoas com emprego mas cujo salário não chega para as necessidades. A presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, garante que há hoje mais pessoas a pedir ajuda alimentar do que em anos anteriores. E sabe-se que entre os que pedem ajuda alimentar se encontram pessoas com cursos superiores.
Esta é a nova pobreza. Um fenómeno que se apresenta afectando principalmente a classe média que trabalha por conta de outrem ou que possui pequenos negócios. É neste meio que encontramos a pobreza envergonhada. Temos uma classe média a tender para o desaparecimento. Pode-se dizer que Portugal a está a matar, quando a sobrecarrega de impostos e quando se desqualificam os trabalhadores manuais e se sobrevalorizam os títulos académicos.
A pobreza combate-se pela valorização da pessoa humana. Este combate passa por termos uma classe média forte e esclarecida. Só privilegiando a classe média em detrimento da criação de elites se poderá chegar a algum lado. Porque só a classe média, as médias empresas… é que estão próximas das pessoas, tem sensibilidade e capacidade de resposta. E é a classe média que paga impostos…
No entanto, é esta classe média, que caminha a passos largos para a pobreza e que paga a factura de sucessivas políticas erráticas.
4 Comments:
Olá! Grande blog! Aquece-me o coração encontrar pessoas que se desviam dois passos dos eu caminho e gastam alguma energia com outros seres que não eles próprios. Continuação de bom trabalho, com muita força, que de certeza vai ser precisa!
Ótimo blog!!!
Quero ser parceiro desta causa!
Estamos lutando, também aqui no Brasil, por condições mais dignas de vida!
Vou adicionar teu blog aos meus favoritos! Se quiser favoritar o meu também, à vontade:
http://osperegrinos.blogspot.com/
Paz & Bem!!!
Zé Luiz.
Deve haver engano...Tudo está tão bem, no reino da Dinamarca!
Feliz feriado.
Rita,
Possato
e São
Obrigada pelas vossas visitas e comentários!
Comentem sempre porque esta é uma causa de todos!
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