Grande crescimento:
"As instituições financeiras emprestaram mais às famílias e às empresas em Março do que nos meses anteriores.
Em Março, os bancos financiaram 747 milhões de euros para novos créditos à habitação.
Estes emprestaram 313 milhões de euros para compra de bens de consumo, como computadores e móveis, e 4,2 mil milhões de euros às empresas." (Fonte: Jornal de Negócios)
Mais crescimento:
"Apesar de os bancos terem emprestado mais dinheiro em Março, atingindo valores recorde, o crédito malparado disparou para os máximos mais elevados desde 1999, mostrando que há cada vez mais portugueses e empresas a não conseguirem pagar aos bancos." (Fonte: Público)
"De acordo com os dados que constam do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, o malparado aumentou em todos os destinos de financiamento, desde a habitação ao consumo e aos outros fins." (Fonte: IOL Diário)
Ainda mais crescimento:
"Os despedimentos cresceram 69% - em Janeiro e Fevereiro, 31 mil pessoas foram despedidas em processos unilaterais ou por mútuo acordo.
Os despedimentos estão a ganhar terreno, mas o fim do trabalho não permanente continua a ser a principal causa de desemprego." (Fonte: DN)
"O número de desempregados em Abril inscritos nos Centros de Emprego em Portugal aumentou 27,3 por cento comparativamente ao mesmo mês do ano passado.
Esta escalada do desemprego iniciou-se em Outubro do ano passado e os dados divulgados mostram o acréscimo mais elevado desde Julho de 2003." (Fonte: Notícias RTP)
"O desemprego em Portugal está a aumentar de uma forma tão galopante, que o deputado comunista Honório Novo teme o surgimento de convulsões sociais: «Posso acusar um pai ou uma mãe que se revolte e se indigne e tome atitudes porventura ilegais porque tem de dar de comer à família?»" (Fonte: IOL Diário)
"A aceleração do desemprego registado está a verificar-se em todos os sectores de actividade e a abranger já os trabalhadores com vínculos permanentes.
Os desempregados inscritos em Março mostram a maior subida em 30 anos, o que indicia um aprofundamento da crise, em que o próprio Estado parece já não ser capaz de atenuar a tendência geral." (Fonte: Público)
… Mas… dizem que há Crise!!... Onde?!
4 Comments:
estamos numa mudança de paradigma. Tornamo-nos tão eficientes que se estivermos todos a trabalhar produzimos tanto que não hipótese de consumo.
Por outro lado, essa produção eficiente exige pessoas para tal qualificadas, o que em Portugal é muito menos de 50 % da população
Portanto, há muita gente que não vai ter trabalho; ora nós temos uma sistema de distribuição de riqueza e de dignidade assente no trabalho - temos de mudar de sistema.
Mas já percebi que não adianta tentar explicar - é preciso deixar as coisas «estoirarem», deixar muita gente sofrer, para só depois se poder alterar o paradigma.
sempre bom sentir o entusiasmo que dedica à sua luta por um mundo melhor!
Alf,
também começo a aperceber-me de que "isto" só terá alguma solução depois de rebentar tudo por completo...
muito obrigada pelas suas palavras!
Não é possível impedir que este ciclo termine e dê origem a um novo ciclo. Os interesses instalados procuram prolongar a sua agonia sem sucesso. As assimetrias sociais são revoltantes e as pessoas têm consciência disso.
Durante um determinado período funcionou a manipulação favorecida por um consumo fácil animado por concessões de crédito de risco com juros de agiotas.
Chegou o momento de serem pagos os ónus por quem caiu no embuste. Chegaremos a um ponto, talvez muito em breve, em que não há mais espaço para ilusões. De rastos e sem direitos, os trabalhadores desempregados, ou com salários que não chegam para sobreviverem, constituirão focos de revolta permanente. Outra realidade terá forçosamente que acontecer.
Abraço
Até que enfim que alguém já viu que não há crise alguma. ela só agora existe para muitos se encherem.
Isto está uma vergonha, toda esta situação está a deixar o povo louco, que é isso que o poder quer, meter todos malucos para ninguém ver a verdade.
beijokas
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